O Rio de Janeiro recebe até domingo (7) o Festival Internacional de Robótica. O evento, organizado pelo Serviço Social da Indústria (Sesi), no Pier Mauá, reúne quase mil jovens brasileiros e de outros 38 países apaixonados por robótica. Essa é a primeira vez que o Brasil sedia um torneio aberto internacional – e que integra o calendário oficial desta temporada da FIRST, a organizadora de competições de robótica em todo o mundo.
O SESI FIRST® LEGO® League (FLL) no Rio conta com as 100 melhores equipes da categoria de todo o mundo. Mas as portas também estão abertas para o público geral, que pode participar de atividades experimentais e brincadeiras com conceitos de ciência e tecnologia, como carrinhos a elástico e a balão, lançadores de foguete e insetos elétricos. A atração principal é a disputa das equipes, com mais de 300 partidas programadas. Os rounds qualificatórios foram marcados para sábado e, no domingo (7), as partidas finais de cada modalidade.
Além das disputas tradicionais da categoria FLL, com robôs LEGO competindo em tapetes, será possível encontrar também a categoria estreante no Brasil: a FIRST Robotics Competition (FRC), com robôs de porte industrial. Esses robôs podem ter até 55 quilos e 1,5 metro de altura. O diretor de Operações do Sesi, Paulo Mól, explica qual o tema do evento deste ano.
“As edições do torneio de robótica são temáticas. O tema da atual temporada é logística. Os alunos são levados a pensar quais são os problemas que acontecem na logística e de que maneira pode haver soluções nesse propósito. Então, eles começaram a pesquisar, pois tem todo esse trabalho de desenvolvimento de pesquisa envolvido aí”, relata Paulo.
Segundo o diretor, a competição não só ajuda a desenvolver competências e melhorar a educação dos jovens, como também dialoga com um setor que precisa constantemente de inovação.
“A conexão com a área industrial é perfeita, porque temos de pensar em toda a cadeia de distribuição de produtos e de serviços que é algo muito moderno e muito importante. Isso conversa com a indústria, conversa com a educação e cria, com certeza, profissionais que estão antenados, muito ligados aos problemas que a indústria passa e quais são as soluções para resolvê-las”, relata.
Uma das equipes brasileiras na competição, a Dragon Bots, do SESI, tomou como desafio a tarefa de construir uma caixa para transportar remédios do município fluminense de Barra do Piraí para São José do Turvo. Os jovens da equipe notaram que o distrito de difícil acesso não recebe a atenção devida por ser longe e ter estradas precárias. Informações coletadas da população local e uma análise do comércio identificaram a falta de produtos farmacêuticos. E foi daí que nasceu a Dragon Farmacy. A caixa foi implementada em um ônibus escolar que faz aquela rota e ajudou muitas pessoas com a ajuda de parcerias da Drogaria do Povão, da Prefeitura de Barra do Piraí e da FIRJAN SENAI.
Duas categorias
A categoria First Lego League Challenge (FLL), a com os robôs menores, é direcionada a estudantes de 9 a 16 anos (com exceção dos Estados Unidos e do Canadá, onde a faixa etária é de 9 a 14 anos).
A outra modalidade da competição é a Off Season da First Robotics Competition (FRC), com 28 equipes brasileiras. As equipes de robôs mais estruturados reúnem alunos de 12 até 18 anos de idade. E muitos que ultrapassaram essa idade acabam monitorando outros times.
No início de 2023, será realizada uma competição em que os melhores classificados vão participar dos principais torneios internacionais. Esses eventos atraem as principais universidades americanas, além de empresas de todo o planeta, tais como Boeing e Microsoft.
Acesso ao público
O Festival Internacional de Robótica começou nesta sexta-feira (5) com eventos teste e confraternização, mas a competição foi marcada para começar sábado. O público tem acesso ao local de competição das 8h às 18h, e no domingo, das 8 às 17h. As premiações ocorrem após as 15h e o encerramento, às 18h30.
Fonte: Brasil61