Jardim Botânico do Rio expõe imagens da missão belga de 1922 ao Brasil

Redação 27/06/2022
Atualizada 2022/06/27 at 9:18 AM
Inscreva-se no Google News do Portal de Recuperação

O Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) inaugura amanhã (27), às 11h, a exposição O Jardim Botânico e a Expedição Belga no Brasil 1922-23, que revela ao público reproduções de parte significativa do acervo histórico de fotografias do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio e outros itens da expedição liderada pelo botânico Jean Massart,. Também haverá exposição de imagens de expedições atuais que mostram a continuidade das pesquisas de campo do equipamento do Ministério do Meio Ambiente. A mostra ficará aberta até 27 de setembro, no Galpão das Artes do Jardim Botânico do Rio, das 9h às 17h, diariamente. A entrada é gratuita.

As imagens expostas são reproduções de fotografias produzidas pelos biólogos belgas que estiveram no Brasil, há 100 anos, com destino à Amazônia. Junto com os relatórios da viagem, que se encontram entre as obras raras da Biblioteca do JBRJ, as imagens constituem um valioso patrimônio científico.

A curadora da mostra, Alda Heizer, historiadora e pesquisadora afiliada do JBRJ, disse que o maior legado da missão belga foi o conjunto de informações textuais e imagéticas sobre a flora e a fauna do Brasil da década de 1920. “A interação com os pesquisadores do JBRJ foi importante sob vários aspectos, especialmente quanto ao interesse científico da expedição”, disse Alda, em entrevista à Agência Brasil.

Segundo ela, os relatórios e as imagens feitos pelos integrantes da missão podem contribuir para o aprofundamento do conhecimento dos pesquisadores atuais, brasileiros ou não, sobre o nosso país, em especial, sobre a Amazônia.

“Os relatórios apresentam descrições de habitantes, lugares, paisagens e o dia a dia dos locais por onde passaram. O conteúdo pode interessar a pesquisadores de outras áreas do conhecimento. As fotografias e as legendas são de autoria dos biólogos, o que as torna mais interessantes do ponto de vista etnográfico, histórico e botânico. A Amazônia obteve especial interesse da missão e se tornou, inclusive, tese de doutorado de um dos biólogos, o jovem belga Raymond Bouillenne”, informou Alda Heizer.

Com a exposição, o Jardim Botânico pretende divulgar para o público a importância de seu acervo de imagens e o fato de a instituição, desde a primeira metade do século 20, organizar e realizar expedições científicas a diferentes locais do país.

Grandes temas

A mostra está organizada em seis grandes temas: a organização da missão belga e o papel do Jardim Botânico em sua consecução; as viagens científicas que fizeram no estado do Rio de Janeiro antes de percorrerem outras unidades federativas até chegarem à Amazônia; a importância científica da expedição; o acervo fotográfico científico proveniente da expedição, com a apresentação de alguns originais em vidro, e a produção do conhecimento científico em campo até os dias de hoje.

Historicamente, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, por meio de seus pesquisadores, tem como uma de suas funções desenvolver trabalhos de campo e manter intercâmbio com instituições brasileiras e estrangeiras.

Considerada uma contribuição ao estudo da biogeografia do Brasil pelos pesquisadores e professores europeus que analisaram os resultados da viagem, a expedição belga apontou especialmente a relevância das pesquisas sobre a Amazônia, região pouco estudada até então.

A missão foi considerada por seus contemporâneos como o prolongamento de um vasto movimento de interesse botânico, por parte da Bélgica, que estava presente no início do século 19, com as viagens ao Brasil realizadas pelo também belga Van Houte, em 1834.

Especialistas

nd-widget-wrapper context-cheio_8colunas type-image”

Inscreva-se no Google News do Portal de Recuperação
Compartilhe este artigo
Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *