Microempreendedores Individuais (MEI) e microempresas agora também podem recorrer ao Programa Emergencial de Acesso a Crédito (FGI PEAC). A reabertura foi anunciada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nesta semana (22). Além de MEI e microempresários, o financiamento contempla pequenas e médias empresas, associações, fundações de direito privado e cooperativas com receita bruta de até R$300 milhões.
O objetivo do projeto é estimular o mercado financeiro brasileiro a operar com esse segmento em condições mais favoráveis. De acordo com o Ministério da Economia, de 98 a 99% das empresas no Brasil são de micro ou pequeno porte, o que corresponde a 29% do PIB do país e 55% dos empregos formais.
A operação deve ser voltada a investimento ou capital de giro, com valores entre R$ 1.000 e R$ 10 milhões. O prazo de pagamento é de até 60 meses, com carência entre 6 e 12 meses. O FGI PEAC cobre 80% do valor do contrato. O consultor empresarial e professor de Administração Financeira, Max Bianchi, explica que as garantias oferecidas pelo programa aumentaram as chances de financiamento.
“Se você tem um fundo garantidor do BNDES garantindo 80% da operação, com certeza o risco para os bancos baixa, a taxa também baixa e o acesso de várias empresas que não tinham, por exemplo, do microempreendedor individual, das microempresas que o acesso era bem dificultado porque elas têm um ativo permanente muito baixo ou têm um capital social muito pequeno, então normalmente não oferece garantia para o empréstimo”, esclarece.
A taxa de juros média de 1,75% ao mês é um dos atrativos. O economista e mestre em Finanças do IBMEC, Frederico Gomes, aponta que esse valor tem sido menor que os praticados pelo mercado bancário para os empreendedores. “Então, ele tem que estar atento a essa taxa porque ele vai utilizar essa taxa, seja para capital de giro seja para investimento, se ele tiver expectativa de que ele vai ter um retorno a essa taxa na utilização dos recursos”, observa o especialista.
As formas de financiamento variam do capital de giro isolado e de financiamento ao investimento em ativos fixos, inovação, aquisição de máquinas, equipamentos e outros bens, e projetos, além do capital de giro complementar.
Ao todo, 40 instituições financeiras já são parceiras do FGI PEAC. O Diretor de Participações, Mercado de Capitais e Crédito Indireto do BNDES, Bruno Laskowsky, vê a possibilidade de aumentar o número de redes parceiras:
“A gente tem uma amplitude de canais de distribuição: os grandes bancos, bancos médios, bancos cooperativos, bancos de montadora. Portanto, é um canal muito amplo, um canal de distribuição bastante amplo”, aponta o diretor.
Mais informações, no site do BNDES.
Fonte: Brasil61