O cenário externo para o segundo semestre é menos favorável para as exportações

Redação 24/08/2023
Atualizada 2023/08/24 at 11:49 AM
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O saldo da balança comercial foi de US$ 8,9 bilhões em julho, um aumento de US$ 3,5 bilhões em relação a igual período de 2022.

O acumulado até julho deste ano foi superior ao observado no mesmo período de 2022.

A melhoria no valor do superávit está associada ao aumento do volume exportado e ao recuo no volume importado. O volume exportado cresceu 13,3% e o importado caiu 5,3%, na comparação interanual do mês de julho entre 2022 e 2023.

No acumulado até julho, o mesmo se repete: o volume exportado cresce e o importado recua.

Para as exportações, é o comportamento das commodities que mais explica as oscilações. Para o caso das importações, predominam as não-commodities, sobretudo as compras de brasileiros no exterior.

Para os próximos meses, a tendência é de relativa estabilidade nos termos de troca e poucas variações nos preços internacionais.

Porém, o superávit com a China no primeiro semestre de 2023 explica grande parte do bom desempenho das exportações brasileiras. As incertezas recentes sobre a performance da economia chinesa coloca em dúvida se o superávit das exportações brasileira se manterá em mesmo patamar para o segundo semestre. Há um viés de projeção de baixa de crescimento da economia chinesa.

Em seguida, a Argentina é uma das principais parceiras comerciais brasileiras. Mesmo com a recessão da economia argentina, houve aumento das exportações brasileiras para o país neste primeiro semestre. Porém, instabilidades políticas vivenciadas pela Argentina durante o presente período eleitoral apontam para um possível segundo semestre mais protecionista daquela economia.

Não se espera que a contribuição da Argentina para o aumento do volume exportado se sustente nos próximos meses.

Expectativas desfavoráveis para a importação também são confirmadas com menor demanda doméstica de bens intermediários na agropecuária e na indústria. No Brasil, há um cenário de baixa taxa de investimento, endividamento das famílias e juros ainda altos que não propiciam um quadro de aceleração do crescimento econômico.

As informações são do Instituto Brasileiro de Economia, FGV-IBRE.

Fonte: Brasil61

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