Entidades do agro pedem revisão do protocolo sanitário, após China retomar compra de carne

Redação 26/03/2023
Atualizada 2023/03/26 at 8:25 PM
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A China é o principal destino da carne bovina brasileira, sendo responsável por 60% do total dos embarques para o exterior. O país asiático estava sem comprar a proteína brasileira desde 22 de fevereiro, quando um caso atípico de mal da vaca louca foi detectado em uma pequena propriedade no município de Marabá, no Pará. Com o caso de “mal da vaca louca”, o Brasil determinou o autoembargo dos envios para o mercado chinês, conforme rege acordo comercial entre os dois países.

E após reunião com a delegação brasileira, em Pequim, o governo chinês decidiu levantar o embargo à carne bovina brasileira. A volta das exportações da proteína para a China foi anunciada pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, diretamente do país chinês, onde se encontra com comitiva formada por mais de 100 empresários do setor agropecuário. De acordo com ele, a decisão foi confirmada por autoridades sanitárias do país asiático.

“Isso era esperado há alguns dias”, disse Fávaro. “Quero agradecer os pecuaristas brasileiros, que confiam no nosso sistema. Isso nos dá credibilidade no mercado internacional”, complementou o ministro. O titular do Mapa também agradeceu o governo da China, o presidente Lula, o corpo técnico da pasta e o governo do Pará, que, segundo ele, foi rápido e claro em comunicar o caso “de mal da vaca louca”.

A retomada das exportações da carne bovina para a China já era aguardada pelo mercado. A expectativa, aliás, era de que o embargo fosse derrubado somente no dia 28 março. “A exportação para a China é muito relevante para o Brasil, é algo em torno de US$ 8 bilhões por ano”, pontuou o ministro do Mapa. A suspensão das compras de carne bovina brasileira pela China durou exatamente um mês. Período que pode ser considerado o bastante para refletir no desempenho das exportações do produto.

Exportações de produtos do agronegócio registram US$ 9,9 bilhões em fevereiro

Francisco Olavo de Castro, presidente da Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), afirma que com a retomada das exportações, a China deve voltar a comprar grandes volumes de carne bovina brasileira. Segundo ele, o Brasil é a melhor alternativa de fornecimento de carne bovina em escala global. “A China deve concentrar as compras aqui no mercado brasileiro e deve manter um bom ritmo de importação. O Brasil vai tranquilamente manter a liderança global das exportações de carne bovina. Com muita tranquilidade”.

O analista da Safras

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