Uma das maiores feiras comerciais da América Latina voltada à gestão de resíduos sólidos teve início nesta terça-feira (8), em São Paulo. A Waste Expo Brasil 2022 reúne as principais empresas nacionais e internacionais, além de autoridades e especialistas, para discutir soluções para o setor e segue até quinta-feira (10). O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) integrou a abertura do evento e conduziu um dos seminários temáticos.
“A apresentação foi sobre sustentabilidade, regionalização dos serviços de saneamento básico e, principalmente, o projeto de encerramento de lixões, que já é um sucesso. Foi uma discussão realmente importante, em que colocamos os grandes avanços do Brasil na gestão de resíduos sólidos e na consequente melhoria da questão ambiental”, afirmou o secretário nacional de Saneamento do MDR, Pedro Maranhão.
A programação inclui outros temas, como a importância da reciclagem, a gestão de resíduos em uma era de energias renováveis, combustível derivado de resíduos (CDR), lixo no mar e a importância do descarte adequado de eletroeletrônicos e eletrodomésticos pós-consumo. A visitação ao evento é gratuita, de 13h às 20h, e deverá ser feita mediante inscrição neste link.
Transformando resíduos em valor
O secretário Pedro Maranhão participou, ainda, do evento “Transformando Resíduos em Valor: Experiências Suíças e Brasileiras”, promovido pelo Consulado Suíço em São Paulo, na segunda-feira (7). O representante do MDR debateu sobre o panorama do setor de resíduos sólidos no Brasil.
Durante o evento, o cônsul-geral do país europeu, Pierre Hagmann, fez uma comparação entre Brasil e Suíça. Para ele, o encontro trouxe um novo olhar para os resíduos, que passaram a ser vistos não apenas como custo, mas como valor, fazendo parte de uma economia circular.
“A Suíça é um dos países com a maior produção per capita de resíduos do mundo. Entretanto, graças às suas políticas de gerenciamento de resíduos, é também um dos países com as mais altas taxas de reciclagem, que chegam a 50%. Os resíduos restantes são incinerados para produzir energia. O Brasil, por outro lado, tem com o novo marco regulatório do saneamento uma oportunidade de transformar positivamente sua política de gestão de resíduos”, avaliou.
Fonte: Brasil61